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Bonecas negras

Olá, bem vindo ao Blog ! conheça nosso projeto de confecção de bonecas étnicas de Londrina.

Este blog tem o principal objetivo de divulgar as bonecas negras como um objeto de vivência. A sua confecção se dá através de oficinas e mini cursos realizados nas escolas.

sábado, 6 de novembro de 2010

Bonecas como apoio pedagógico

Porque brincar com bonecas?
Brincar com bonecas ajuda a criança a conhecer o meio ambiente. Desenvolve a atividade sensorial, tato, movimento e equilíbrio. Transmite para a criança a vivência do seu próprio ser. A boneca se converte em sua companheira, transmitindo presença humana, fazendo com que a criança não se sinta só. Na vivência com sua boneca, o ser humano aprende a conviver com outras pessoas.
Contudo, deve-se analisar constantemente a reação e relacionamento da criança com a (o) boneca (o) a fim de manter o equilíbrio de modo que a criança não seja intencionada a se excluir da realidade viva e optar preferencialmente por "amigos bonecos".
Os pais/responsáveis também devem estar atendo para que a imaginação da criança não seja levada a criar estereótipos de amigos invisíveis.
A boneca pedagógica
O brincar de bonecas possibilita que a criança se exercite na resolução de problemas, que desenvolva a linguagem e fortaleça suas relações pessoais. O boneco ou a boneca tem espaço preponderante neste brincar, principalmente no que se refere ao campo da afetividade.
É fácil observar como os bebês, com poucos meses de idade, de ambos os sexos, gostam de brincar com bonecas. Como já mencionamos, e agora vamos aprofundar, Winnicott definiu este momento como o início de um tipo afetuoso de relação com o objeto e a ele deu o nome científico de “objeto transicional”, isto é, um boneco ou um pedaço de pano, enfim um objeto sobre o qual o bebê assume direitos sobre ele, sendo sempre o mesmo não deve ser mudado a não ser por desejo da criança, deve ser resistente aos tratos de amor, ódio, ou agressividade se for o caso. Deve transmitir calor, movimento, textura mostrando vitalidade ou realidade própria. Assim, Winnicott desenvolveu importante tese valorizando esta experiência, além das brincadeiras compartilhadas, como determinante para uma formação saudável do ser humano, “então a vida cultural e fruição de herança cultural estarão a seu alcance” (WINNICOTT, 1975, p.98).
Mas qualquer boneco poderia ser este objeto transicional? Aparentemente sim, até mesmo um pedaço de pano, como afirma Winnicott. No entanto, para o trabalho psicopedagógico, onde as forças criativas da criança devem ser consideradas, seria interessante que o boneco seguisse algumas características. Por exemplo, se no consultório, déssemos uma boneca perfeita para a criança, aquela que pisca os olhos, tem um rosto bem definido, chora, anda, faz tudo "de verdade", é como se puséssemos então a fantasia da criança numa camisa de força, podendo atrofiar-se. Assim como o corpo da criança se atrofia quando não se movimenta o suficiente, sua imaginação também precisa de movimento.No entanto, é certo que uma criança mais velha do que o bebê referido por Winnicott quer uma boneca um pouco mais requintada. Podemos então oferecer uma boneca de pano para ela, com braços pernas, roupas, cabelos, um rosto pintado ou bordado, talvez dois pontinhos indicando os olhos, outro a boca, de qualquer forma, sem expressão definida, para que a criança possa projetar nela todas as suas emoções com maior naturalidade. Afinal, a boneca é a imagem do ser humano. A criança a imita e se identifica com ela. E é isso que sempre temos de ter em mente quando escolhemos o boneco terapêutico. Este boneco deverá ter a forma esférica de sua cabeça, representando o "duro", o que protege, o osso externo determinado pela forma. Esta forma redonda, esférica e dura da cabeça deve estar colocada em repouso e absolutamente ereta sobre o corpo. No corpo do boneco, o que está dentro deve pedir para ser protegido, deverá proporcionar calor, aconchego, envolvimento. Seu rosto deverá ser neutro, para que ofereça a possibilidade, como já dissemos, de acompanhar a criança em suas emoções. A boneca também deve ser um espelho para a criança, onde ela possa refletir sua anatomia e características étnicas. No consultório devemos ter bonecas de todas as etnias. Se a criança for negra, a boneca também o será, se loira seus cabelos devem ser loiros, assim sucessivamente. No entanto, a escolha da etnia cabe a criança. Para isso, no consultório, ela deve encontrar todos os tipos e cores de bonecos para escolheras. Sendo que esta escolha já pode começar a sinalizar para nós algo sobre a criança.




WWW.wikipédia.org.br - acesso 05/11/2010.

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